quinta-feira, 27 de setembro de 2018

Cartaz


Sou suspeito número um para falar de Paulo Themudo. Mesmo assim atrevo-me a rubricar sobre o autor que aqui se apresenta.
Viajou por diversas técnicas para procurar sensações e encontrar o desenho e as cores que o poderiam definir.
O rigor do desenho e a definição das cores, são uma característica que definem o abstracionismo figurativo.
No abstracionismo, Paulo Themudo não nos apresenta imagens da realidade mas no seu figurativismo, o autor apresenta-nos imagens de figuras que podemos identificar como algo que conhecemos e (ou) que poderão fazer parte da nossa realidade. 
Será que a realidade é outra?
Será que o seu abstracionismo figurativo está ligado a uma ortografia que o autor produz?
Disso não tenho dúvidas pois cada obra sua é uma história contada por palavras enquanto as suas palavras são desenhadas com um colorido que sai do interior do autor.
Desenho, cor e palavras são um produto criativo que Paulo Themudo nos faz viajar, entrar num mundo etéreo com uma delicadeza e por vezes uma brutalidade sem nos magoar visual ou interiormente.
No especto técnico acrílico e mista, Paulo Themudo cria desenvolve e faz a “estucada” final da mesma forma como os grandes mestres do abstracionismo figurativo o faziam com toda a subtileza, graciosidade e grandeza nas suas formas de emoções intensas, agrestes, espontâneas e autómatas. 
Um dia o autor escreveu sobre ele mesmo, dizendo “… criei para mim uma disciplina de trabalho coerente
utilizando uma técnica de pintura que me é inerente e característica… Sempre procurando inovação e seguindo o ritmo dos tempos, é através da intuição que vou dando lugar a uma obra pictórica genuína, espontânea e impulsiva.”
E assim ele se define e assim eu o subscrevo, deixando de ser suspeito número um para passar a ser o seu primeiro crítico atento ao lado da sua disciplina de desenho e cor.

angelovaz
Porto 2018-09-04

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"Introspecção" - Paulo Themudo